Existe
uma tensão entre crescimento evangélico e situação social. Pela lógica bíblica,
o crescimento do evangelho deveria também trazer consigo melhorias sociais.
Porém, os evangélicos são muito criticados principalmente por outros
evangélicos refutando que o crescimento evangélico não é acompanhado por
desenvolvimento social. Dizem que o evangelho pregado pelos evangélicos não
muda a sociedade, por isso, ou está errado a maneira de pregar, ou pregar é um
erro. Na concepção deles, a criminalidade só aumenta e o país está cada vez
pior. Será verdade isso? Como é a variável dos dados sociais?
Crescimento evangélico
Primeiramente,
deixe-me embasar o crescimento evangélico. Foi noticiado nos meios de comunicação
que o IBGE identificou um grande crescimento evangélico, conforme texto
seguinte: “Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o
aumento no número de evangélicos é proporcional ao crescente declínio da
religião católica, que perdeu 9,4% de fiéis em relação ao Censo de 1991.”[1]
O artigo continua dizendo que “Até o início da década de 90, os evangélicos
representavam apenas 9% do contingente populacional, dos quais a maioria de
origem pentecostal. Com a expansão das igrejas evangélicas pelo país e a
veiculação de programas religiosos nas emissoras de televisão, tal índice subiu
44,16%.”
É fato que os
evangélicos crescem, e o que esse crescimento representa na economia
brasileira? Qual é a variável social do Brasil? O que acompanha o crescimento
evangélico?
Menor taxa de
desigualdade
Um estudo também apontou que nosso
país atingiu a menor taxa de desigualdade. O que não significa que estamos bem,
mas sim que achamos nosso caminho. A distribuição de renda é ainda muito
desigual, mas quando os indicativos mostram melhorias, significa a história
está mudando. A tendência é alcançarmos números melhores no futuro. “A taxa de
desigualdade no Brasil caiu à mínima histórica no final de 2010, segundo estudo
divulgado pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (CPS/FGV)
... Em oito anos - de dezembro de 2002 a dezembro de 2010 -, o país conseguiu
reduzir a pobreza em 50,64%, de acordo com a pesquisa ‘Desigualdade de Renda da
Década’... ‘A taxa de desigualdade, medida pelo índice de Gini, ficou em 0,5304
em 2010, a menor desde 1960, quando começou a pesquisa. Quanto mais perto de 1,
mais desigual é o país. ‘Os principais motivos para isso foram, principalmente,
a educação e, em menor parte, os programas sociais’, explicou Neri. Entretanto,
o economista diz que, quando comparado com outros países, ainda é
‘estupidamente alto, porém menor do que antes’ o nível de desigualdade no
Brasil. ‘Se é uma má notícia que a nossa desigualdade ainda é alta, a boa
notícia é que ela deve cair. O que os dados mostram é que a queda continua’,
destacou.”[2]
Queda no Número de
Homícidios
A região sudeste do Brasil, a mais
populosa registrou uma queda de 42,4% nos homicídios desde de 2000, em que o
número era de quase vinte e sete mil homicídios e ficou abaixo dos dezesseis
mil em 2010. Isso sem levar em consideração o crescimento populacional que
colocaria o percentual ainda mais baixo.[3]
As taxas ainda são altas, considerando que são elevadas por estados das regiões
menos desenvolvidas. São ainda mais altas do que em lugares de guerrilha, por
exemplo. Entretanto, precisamos considerar que a queda das taxas em estados
como Rio de Janeiro e São Paulo, sinalizam que a violência dos grandes centros
já não é um “bicho-papão” na sociedade brasileira, estamos encontrando um
caminho melhor.
Justiça Contra a
Corrupção
Há alguns meses atrás, condenação de
políticos por corrupção, era fantasia, utopia, pois tudo sempre terminava...
disse bem, terminava em “pizza”. Isso porque, o Superior Tribunal Federal, na
presença marcante de Joaquim Barbosa, fez um marco na história do nosso país ao
fazer um julgamento “sem máscaras políticas” do chamado “mensalão” que tanto
envergonhou o Brasil. A corrupção está marcada para “morrer” em nosso país, e
isso começou com a participação da justiça brasileira. Se ainda não estamos
vivendo um “sonho evangélico”, nunca estivemos tão próximos disso.
Conclusão
Alguns podem acreditar que essas
melhorias deve-se a “campanha do desarmamento”, outros acreditam que isso se
deva ao “bom trabalho do PT”!!! Ora, tem de ter fé demais para acreditar nisso,
acho melhor, manter nossa fé num nível
coerente, por isso prefiro acreditar num Deus que move céus e terra para abençoar
a nação que se dobra ao Seu senhorio. Estamos muito longe do ideal, mas
evidentemente no caminho certo. Sei sim que de um lado, o evangelho pregado nos
meios de comunicação distorcem muito o Evangelho de Jesus, mas destes, Deus
cuidará com juízo. De outro lado, tem muita gente boa, comprometida com a
Palavra e com a verdade fazendo diferença nessa nação. E se ainda não
conseguimos tudo o que queríamos, sabemos que se lançarmos em Deus nossa
confiança, certamente Ele não nos abandonará. Aos que falam mal dos
evangélicos, dentre eles alguns “evangélicos” digo: procurem outro fator para
criticar os evangélicos, pois no caso da nossa sociedade, está claro sua
melhora e isso não é mais uma palavra de fé, é uma constatação científica. Se
não quiserem dar crédito aos evangélicos, não precisa, afinal, não estamos
atrás da glória que vem dos homens. Mas uma coisa é certa... nossa nação nunca
foi tão abençoada como agora, e isso é só o começo, pois o melhor de Deus,
ainda está por vir, continuemos orando e que venha o melhor de Deus. Amém!
[1] Fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/06/29/populacao-evangelica-passa-de-154-para-222-em-10-anos-e-atinge-423-milhoes-em-2010.htm acessado em
28/11/2012.
[2] Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/05/taxa-de-desigualdade-no-brasil-atinge-minima-historica-diz-fgv.html acessado em 28/11/2012.
[3]
Fonte: Mapa da violência 2012: Os novos padrões da violência homicida no
Brasil, por Julio Jacobo Waiselfisz – Instituto Sangari, p.23.