quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Crescimento Evangélico e Situação Social Brasileira


Existe uma tensão entre crescimento evangélico e situação social. Pela lógica bíblica, o crescimento do evangelho deveria também trazer consigo melhorias sociais. Porém, os evangélicos são muito criticados principalmente por outros evangélicos refutando que o crescimento evangélico não é acompanhado por desenvolvimento social. Dizem que o evangelho pregado pelos evangélicos não muda a sociedade, por isso, ou está errado a maneira de pregar, ou pregar é um erro. Na concepção deles, a criminalidade só aumenta e o país está cada vez pior. Será verdade isso? Como é a variável dos dados sociais?

Crescimento evangélico
Primeiramente, deixe-me embasar o crescimento evangélico. Foi noticiado nos meios de comunicação que o IBGE identificou um grande crescimento evangélico, conforme texto seguinte: “Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o aumento no número de evangélicos é proporcional ao crescente declínio da religião católica, que perdeu 9,4% de fiéis em relação ao Censo de 1991.”[1] O artigo continua dizendo que “Até o início da década de 90, os evangélicos representavam apenas 9% do contingente populacional, dos quais a maioria de origem pentecostal. Com a expansão das igrejas evangélicas pelo país e a veiculação de programas religiosos nas emissoras de televisão, tal índice subiu 44,16%.” 
É fato que os evangélicos crescem, e o que esse crescimento representa na economia brasileira? Qual é a variável social do Brasil? O que acompanha o crescimento evangélico?

Menor taxa de desigualdade
            Um estudo também apontou que nosso país atingiu a menor taxa de desigualdade. O que não significa que estamos bem, mas sim que achamos nosso caminho. A distribuição de renda é ainda muito desigual, mas quando os indicativos mostram melhorias, significa a história está mudando. A tendência é alcançarmos números melhores no futuro. “A taxa de desigualdade no Brasil caiu à mínima histórica no final de 2010, segundo estudo divulgado pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (CPS/FGV) ... Em oito anos - de dezembro de 2002 a dezembro de 2010 -, o país conseguiu reduzir a pobreza em 50,64%, de acordo com a pesquisa ‘Desigualdade de Renda da Década’... ‘A taxa de desigualdade, medida pelo índice de Gini, ficou em 0,5304 em 2010, a menor desde 1960, quando começou a pesquisa. Quanto mais perto de 1, mais desigual é o país. ‘Os principais motivos para isso foram, principalmente, a educação e, em menor parte, os programas sociais’, explicou Neri. Entretanto, o economista diz que, quando comparado com outros países, ainda é ‘estupidamente alto, porém menor do que antes’ o nível de desigualdade no Brasil. ‘Se é uma má notícia que a nossa desigualdade ainda é alta, a boa notícia é que ela deve cair. O que os dados mostram é que a queda continua’, destacou.”[2]

Queda no Número de Homícidios
            A região sudeste do Brasil, a mais populosa registrou uma queda de 42,4% nos homicídios desde de 2000, em que o número era de quase vinte e sete mil homicídios e ficou abaixo dos dezesseis mil em 2010. Isso sem levar em consideração o crescimento populacional que colocaria o percentual ainda mais baixo.[3] As taxas ainda são altas, considerando que são elevadas por estados das regiões menos desenvolvidas. São ainda mais altas do que em lugares de guerrilha, por exemplo. Entretanto, precisamos considerar que a queda das taxas em estados como Rio de Janeiro e São Paulo, sinalizam que a violência dos grandes centros já não é um “bicho-papão” na sociedade brasileira, estamos encontrando um caminho melhor.

Justiça Contra a Corrupção
            Há alguns meses atrás, condenação de políticos por corrupção, era fantasia, utopia, pois tudo sempre terminava... disse bem, terminava em “pizza”. Isso porque, o Superior Tribunal Federal, na presença marcante de Joaquim Barbosa, fez um marco na história do nosso país ao fazer um julgamento “sem máscaras políticas” do chamado “mensalão” que tanto envergonhou o Brasil. A corrupção está marcada para “morrer” em nosso país, e isso começou com a participação da justiça brasileira. Se ainda não estamos vivendo um “sonho evangélico”, nunca estivemos tão próximos disso.

Conclusão
            Alguns podem acreditar que essas melhorias deve-se a “campanha do desarmamento”, outros acreditam que isso se deva ao “bom trabalho do PT”!!! Ora, tem de ter fé demais para acreditar nisso, acho melhor, manter nossa fé num nível coerente, por isso prefiro acreditar num Deus que move céus e terra para abençoar a nação que se dobra ao Seu senhorio. Estamos muito longe do ideal, mas evidentemente no caminho certo. Sei sim que de um lado, o evangelho pregado nos meios de comunicação distorcem muito o Evangelho de Jesus, mas destes, Deus cuidará com juízo. De outro lado, tem muita gente boa, comprometida com a Palavra e com a verdade fazendo diferença nessa nação. E se ainda não conseguimos tudo o que queríamos, sabemos que se lançarmos em Deus nossa confiança, certamente Ele não nos abandonará. Aos que falam mal dos evangélicos, dentre eles alguns “evangélicos” digo: procurem outro fator para criticar os evangélicos, pois no caso da nossa sociedade, está claro sua melhora e isso não é mais uma palavra de fé, é uma constatação científica. Se não quiserem dar crédito aos evangélicos, não precisa, afinal, não estamos atrás da glória que vem dos homens. Mas uma coisa é certa... nossa nação nunca foi tão abençoada como agora, e isso é só o começo, pois o melhor de Deus, ainda está por vir, continuemos orando e que venha o melhor de Deus. Amém!


[1] Fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/06/29/populacao-evangelica-passa-de-154-para-222-em-10-anos-e-atinge-423-milhoes-em-2010.htm  acessado em 28/11/2012.
[2] Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/05/taxa-de-desigualdade-no-brasil-atinge-minima-historica-diz-fgv.html acessado em 28/11/2012.
[3] Fonte: Mapa da violência 2012: Os novos padrões da violência homicida no Brasil, por Julio Jacobo Waiselfisz – Instituto Sangari, p.23.

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