quarta-feira, 29 de junho de 2011

Não Tenho que Fazer Cara de Pastor!!!

Lendo um pequeno artigo do Pr. Ed René Kivitiz, gostei de uma frase: “A questão é saber se você deriva sua identidade do papel que desempenha ou se imprime sua identidade nele”. Daí me lembrei que algumas pessoas já me disseram que devo ser pastor em todos os lugares, mas pensava eu: "como ser pastor do meu tio, do meu avô, do meu pai, do meu vizinho...?" - acreditava que eles tinham razão, mas nunca quis aceitar essa razão. Alguma coisa dentro de mim me dizia: "preciso continuar sendo quem sou e não representar um papel que os outros querem". Ora, não nasci pastor, ser pastor é minha vocação, meu nome é Rodrigo, sou alguém. As pessoas sempre tentam nos classificar por aquilo que fazemos e não por aquilo que somos. Lembro-me de quando Moisés viu Deus na sarça ardente e perguntou quem estava ali. Acredito que ele pensava em ouvir alguma coisa do tipo: "Sou o Deus que cura", ou, "sou o Deus que faz chover", ou ainda, "sou o Deus que traz prosperidade". Entretanto, por mais que Deus fizesse tudo isso, Ele responde: "EU SOU". O próprio Deus preserva sua identidade ao invés de aceitar ser classificado por alguém em virtude daquilo que faz, Ele não nega o que faz, mas estabelece um recomeço para a nação de Israel sob o governo de Quem é e não do que faz.  Não posso derivar minha identidade daquilo que eu faço - Não tenho que fazer cara de pastor, entonar a voz como pastor... Tenho que manter minha identidade exercendo com toda dedicação a vocação que Deus me fez. Isso vale para todos em qualquer vocação. As crises de identidade acontecem quando deixamos de ser quem somos, para representar um papel que a sociedade assimilou como comum. A sociedade diz: "todo pastor faz isso" - eu digo: "não tenho que fazer cara de pastor, tenho que continuar sendo aquele mesmo quem Deus chamou." Preciso ser um bom filho, um bom neto, um bom vizinho... e se meu testemunho fizer com que estes desejem ser pastoreados por mim, daí cumpri minha missão. Que você não perca sua identidade e mesmo assim cumpra sua vocação.

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